Aromaterapia

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A aromaterapia é um tratamento curativo que utiliza o olfato e as propriedades dos óleos essenciais. A etimologia da palavra remete à cura pelo cheiro. A aromaterapia é uma medicina natural, alternativa, preventiva e também curativa.

O que são óleos essenciais?

Quase todas as antigas civilizações, como Egito, China, Índia, Grécia e Roma, fizeram uso de óleos, incensos e perfumes, seja na cosmética ou em rituais e sessões de cura espiritual. Mas foi no século XX que ocorreu a estruturação medicinal da aromaterapia. Os óleos essenciais têm diversas atividades medicinais e isso permitiu que a aromaterapia se desenvolvesse como um sistema terapêutico.

O químico francês René Maurice Gattefossé observou o poder curativo do óleo de lavanda em uma queimadura e cunhou o termo aromathérapie. A partir daí a aromaterapia foi separada da fitoterapia. Ela também se vale dos poderes de cura do mundo das plantas. Ela só utiliza óleo essencial 100% puro, de origem botânica conhecida e com sua composição química completa como a natureza produziu, em vez de usar toda a planta ou parte dela.

Mas o que são óleos essenciais? São apenas o cheirinho da planta?

Não, na verdade eles são muito mais do que isso. Os óleos essenciais são substâncias químicas, concentradas e muito complexas, produzidas pelas plantas, podendo ultrapassar 300 componentes químicos dependendo do óleo. São considerados como a «alma» da planta e são obtidos de flores, folhas, frutos e raízes mediante diversas formas de extração. Apesar do termo “óleo”, eles não são necessariamente gordurosos, são líquidos voláteis denominados como óleos por se solubilizarem em fase oleosa e não em água. A composição dos óleos inclui elementos orgânicos como carbono, oxigênio e hidrogênio, formando moléculas de álcoois, aldeídos, ésteres, óxidos, cetonas, fenóis, hidrocarbonetos, ácidos orgânicos, compostos orgânicos nitrogenados e sulforados e, principalmente, de terpenos.

Os óleos essenciais são produzidos pelas plantas para protegê-las contra ataque de parasitas e doenças, além disso, atuam na fertilização, polinização e na proteção da radiação solar.

 

E nos seres humanos? Quais as aplicações dos óleos essenciais da aromaterapia?

Muitos fatores influenciam na eficácia do tratamento aromaterápico, entre eles se destacam a qualidade dos óleos essenciais, os métodos de aplicação e o conhecimento do aromaterapeuta.

Na aromaterapia, os óleos essenciais podem ser utilizados sumariamente com efeitos psicológicos ou fisiológicos. Para saber mais sobre esse tema confira a matéria: «O que são óleos essenciais?».

Quanto aos efeitos psicológicos, existe a psicoaromaterapia, que estuda os efeitos dos aromas dos óleos essenciais na mente humana. Os óleos essenciais possuem substâncias odoríferas que são inaladas e estimulam nossas células nervosas olfativas. Esse estímulo é capaz de desencadear reações como a ativação do sistema límbico. Nele, são processadas as informações vindas dos terminais nervosos conectados ao bulbo olfativo. O sistema límbico está diretamente relacionado aos nossos comportamentos sociais e emoções. Ele integra informações sensitivo-sensoriais com nosso estado psíquico interno. Comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória e motivação estão intrinsecamente ligados aos estímulos sensórios. Nosso corpo atribui informação afetiva aos estímulos, relacionando-os com memórias pré-existentes, o que leva a uma resposta emocional.

Com o auxílio de um aromaterapeuta, os óleos essenciais podem afetar nosso humor de uma forma positiva e balanceada. O tratamento por meio da aromaterapia pode ajudar a combater insônia, estresse, ansiedade, dor, depressão, entre outras doenças e desconfortos.

Além dos efeitos dos óleos essenciais na mente humana, há os efeitos fisiológicos advindos de suas propriedades bactericidas, antifúngicas, antivirais, etc. Eles penetram com facilidade nossa membrana celular – cem vezes mais que a água – e se dissolvem bem nos lipídeos de nosso corpo. Muitos remédios da medicina tradicional possuem compostos extraídos de óleos essenciais, como o mentol e a canfora .

Estudos mostram que o óleo essencial de lavanda aumenta a sonolência, melhora o humor e relaxa. Já o óleo de alecrim, por exemplo, aumenta o poder de vigilância, diminui a ansiedade e aumenta a rapidez de resposta. Há pesquisas que sugerem o uso de óleo essencial de Melissa officinalis (erva-cidreira) no tratamento para a agitação em pessoas com demência grave. Também há estudos com o óleo de melaleuca (tea tree) que sugerem que óleo de melaleuca é um poderoso antimicrobiano natural e traz diversos benefícios à saúde.

As propriedades dos óleos essenciais dependem dos grupos funcionais presentes no composto. Segundo estudo do setor de farmácia do Centro Universitário São Camilo e o Instituto Brasileiro de Aromatologia, os utilizados na aromaterapia são:

Terpenos

Esses compostos possuem efeito antiviral, antisséptico, bactericida e anti-inflamatório. Atuam no processo de desintoxicação no fígado e estimulam as funções glandulares. Além disso, os sesquiterpenos aumentam a quantidade de oxigênio das glândulas endócrinas hipófise e pineal, localizadas no cérebro, e interferem na liberação de monoaminas.
Exemplos: limoneno, pineno, canfeno, gamaterpineno e camazuleno. Esses compostos estão presentes no limão, pinho, olíbano e camomila. Para saber mais sobre esse tema confira a matéria: «O que são terpenos?»

Ésteres

As propriedades atribuídas aos ésteres são de fungicidas, sedantes e antiespasmódicos.
Exemplos: acetato de linalila e salicilato de metila. Esses compostos estão presentes na bergamota, sálvia e lavanda.

Aldeídos

Agem como sedante, antisséptico e anti-infeccioso.
Exemplos: citral, neral, geranial, cinamaldeído. Presentes na melissa, no capim-limão, na citronela e canela.

Cretonas

Agem como descongestionante das vias respiratórias em quadros de asma, bronquite e resfriado, mas podem ser tóxicos.
Exemplos: tujona, carvona e pinocanfona. Presentes no funcho, gengibre e hissopo.

Álcoois

Atuam como antissépticos, antivirais e estimulam o sistema imunológico. São eficazes regeneradores de tecidos e sedativos.
Exemplos: Linalol, borneol e estragol. Presentes no pau-rosa, sândalo e gerânio.

Fenóis

Bactericidas, desinfetantes, anti-inflamatórios e podem ser irritantes à pele.
Exemplos: timol, carvacrol e eugenol. Presentes no tomilho, orégano e no cravo da Índia.

Óxidos

São bactericidas e expectorantes.
Exemplos: óxido de silício, ferro, manganês e magnésio. Presentes no alecrim e na melaleuca.

Ácidos

Atuam como antisséptico, diurético e antipirético. Possuem antibiótico e vitaminas.

Exemplos: Ácido benzóico, cinâmico, caféico e oleânico. Presentes no benjoim e na melissa.

Os óleos essenciais são substâncias naturais, contudo não estão isentos de toxicidade. Mesmo que o vegetal não seja tóxico, o óleo essencial extraído deste pode ser, pois são geralmente setenta vezes mais concentrados que a planta da qual foram obtidos. Alguns óleos essenciais que contêm tuyona ou miristicina são considerados neurotóxicos, e podem provocar convulsões em altas dosagens. Alguns não devem ser utilizados por gestantes como o de artemísia e arruda.

Aplicações da aromaterapia

Óleos essenciais
Existem diversos métodos de aplicação da aromaterapia, como pulverização e difusão aérea dos óleos essenciais, inalação, aplicação de compressas, banhos aromáticos e massagens.

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